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The history of Jake cap 17 ptbr

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Capítulo 17- Os preparativos começam




Jake acordou cedo. Os Dragões estavam trocando carícias no quarto, e pararam ao notar que ele havia levantado.
Ele foi para a cozinha e ligou o rádio. De cara havia um repórter cobrindo em tempo real a movimentação no teatro onde haveria a conferência científica. Os demais cientistas deixaram para confirmar o cadastro na última hora, congestionando o trânsito no centro da cidade e entorno. Jake o fez sete meses antes, pois tudo seguiu um cronograma preestabelecido.
As pessoas olhavam curiosas para aquele monte de gente vestindo jaleco branco e com cabelos espetados. Havia diversos inventos malucos, como um sistema de automação residencial que distribuía refrigerante nos cômodos e dava descarga automática nos vasos sanitários, e uma engenhoca que trocava um pneu de veículo sozinha.
Parecia mais um grande feirão de ciências, igual ao das escolas, mas feito por cientistas amadores e profissionais.
Um outro setor cuidava da exposição de animais raros ou em risco de extinção. Jake era o único inscrito na ala de Criptozoologia, um outro candidato não conseguiu material para provar a existência de uma espécie de grifo e pediu para sair.
Isso foi bom, pois deixou mais duas horas para que Jake pudesse discursar com tranquilidade.
Ana cuidava de levar o material para o carro. Jake a preveniu dos congestionamentos, e uma rota alternativa foi traçada.
Jake ainda retirou da sua caixa de invenções um velho protótipo de escudo de energia para fixar nos Dragões para protegê-los em caso de ataque. Ele aproveitará o efeito do campo elétrico gerado pelos Dragões, mas é necessário que um fio seja colocado na pele deles. Ele pega uma anestesia e coloca o fio embaixo da pele dos animais.
A invenção jamais foi testada na prática, mas teoricamente vai proteger até contra tiros de fuzil:
-Arkani e Lilian, esse circuito vai protegê-los de um eventual ataque. Apliquem um pouco de sua energia no equipamento que ele será ativado. Não ataquem ninguém sem eu mandar. E, quando verem esta luz vermelha acesa, venham ao meu encontro.
-Sim, faremos o que nos mandou.
Jake decidiu por seguir de carro com Ana até o teatro. Os Dragões ficarão circulando até serem chamados. Jake apresentará todo o material escrito primeiro;
-Pensei que iria com os Dragões?
-Eu tracei um novo plano.
-Vocês Japoneses são imprevisíveis...
Jake confere se todo o material está corretamente alocado e os arquivos gravados nos discos. Reparou uma pasta fora de ordem e a arrumou, assim como alguns papéis com rascunhos, que foram separados e posteriormente, eliminados.
O volume ocupado foi suficiente para encher uma mala pequena, já que a maior parte dos dados está guardada nos discos rígidos. Jake usou muito pouco papel, a maioria são folders com os principais tópicos do projeto.
Seu coração começa a bater forte, e cada minuto passa como se fosse uma hora. Ele mantém a atenção no volante, pois o trânsito está intenso.
Usando um radar, Jake observa que os dois Dragões se deslocaram para uma zona remota da cidade, onde não há habitações e a mata ainda é virgem. Ele fica aliviado por isso, e sabe que a sobrevivência deles depende do sistema de escudos ativos que nunca foi testado.
O trânsito enfim começa a parar, o que deixa Jake enjoado. Ana sugere para ele colocar uma música.
Alguns minutos depois, ele descobriu a causa da tranqueira; um boneco na forma de um Dragão foi queimado no meio da estrada, e havia manifestantes gritando palavras de ordem e sustentando imagens de São Jorge.
Essa etapa exigiu muito controle por parte de Jake. Surgiu um forte impulso de atropelar os revoltosos e destruir as imagens de São Jorge, mas Ana o conteve.
Além disso, os Dragões criaram um link mental com ele, enviando boas energias.
O caminho até a entrada da cidade foi muito difícil. Havia pessoas protestando contra Jake, mas ele não era visto por causa da película escura do vidro do seu carro. Se fosse avistado, correria até o risco de ser linchado:
-Porque esses idiotas odeiam tanto os Dragões?- pensou com um enorme poder de revolta.
Jake lançava olhares quase destruidores sobre as imagens de São Jorge. Havia milhares delas! Ele atropelou com vontade diversas estátuas e cavaletes, o que não chegou a chamar a atenção dos manifestantes porque estavam dentro da estrada.
Seu sangue fervia, estava com a testa vermelha, mas os Dragões agiram remotamente, tentando confortá-lo diante da cruel situação. Surtiu efeito por um tempo, e também as imagens começavam a rarear e os manifestantes a reduzir em número.
O trânsito também fluía bem. Era intenso, mas sem lentidão. Um semáforo estragou numa avenida, causando lentidão e exigindo muita paciência. Ana colocou seus fones de ouvido e se isolou do mundo.
O teatro já estava no campo de visão de Jake, mas novamente os cientistas vieram no último minuto, causando lentidão e longas filas na entrada de estacionamento.
Os eflúvios positivos dos Dragões evitaram o colapso de Jake. Os outros motoristas circulavam furiosos e fazendo alto e bom uso das buzinas.
Depois de quase meia hora, Jake enfim entrou no prédio. Havia poucas vagas livres, e escolheu a mais próxima da saída, caso precisasse sair depressa do estacionamento.
Ele retirou os materiais com a ajuda de Ana, e os levou para uma espécie de camarote embaixo do palco principal. Agora só precisa aguardar sua chamada e soltar sua descoberta polêmica para o mundo.
Part 17.
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